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terça-feira, 14 de outubro de 2008

Maçons recebem presidente da APAE Aracaju


Foi com um sentimento de satisfação que os membros da Loja Maçônica Serigy, jurisdicionada à Grande Loja Maçônica do Estado de Sergipe, receberam, na noite da última segunda-feira (13), o presidente da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Aracaju (APAE), Homero Felizola. Sua presença se deu através de um convite feito por um membro maçom, que viu na ida do presidente, a um templo maçônico, a oportunidade de levar mais informações sobre os trabalhos que vem sendo desenvolvidos pela instituição com crianças especiais em Sergipe.

Bastante comovido e emocionado, Homero fez uma ampla explanação sobre o dia-a-dia dos alunos da APAE e as dificuldades enfrentadas para manter esse trabalho tão importante para as crianças especiais da capital. “Atualmente são assistidas 312 crianças nas áreas de pedagogia e ambulatorial entre dentistas, fisioterapeutas, psicólogos, fonoaudiólogos, neurologistas, terapeutas ocupacionais, enfermeiros e assistentes sociais que dão esperança de recuperação das deficiências de cada uma das crianças, além de cursos profissionalizantes. E esse trabalho não sai barato”, afirma o presidente. “Para poder oferecer toda essa estrutura não só aos pacientes, como também a seus familiares, a APAE possui uma despesa mensal de 72 mil reais”, completa Felizola.
Segundo ele, para cobrir todas as despesas a entidade conta com o apoio de setores da sociedade que contribuem com um valor de pouco mais de 67 mil reais, e do governo federal que faz um repasse de apenas 5 mil. “Mesmo com poucos recursos nós ainda conseguimos implantar pequenos projetos que busquem dar às nossas crianças uma melhor qualidade de vida, e não podemos parar por aí”, diz o presidente da APAE.

Quanto ao convite de dar uma palestra sobre a Apae na Maçonaria, o presidente não esconde sua satisfação. “Todas às vezes em que surgem oportunidades como essa, de poder levar informações sobre o nosso trabalho e conseguir conscientizar as pessoas sobre sua responsabilidade social, é sempre gratificante”, diz Homero, acrescentando que, pelo grau de instrução e a importância que os membros da maçonaria sergipana têm na sociedade, a realidade da instituição poderá ser bem diferente a partir dessa parceria entre APAE e Maçonaria.

“Tenho certeza que uma semente foi plantada no coração de cada um aqui presente e que, futuramente, poderá gerar bons frutos”, aposta Felizola.
Na visão do Grão Mestre da Grande Loja Maçônica do Estado de Sergipe (GLOMES), José Valter Rodrigues dos Santos, a maçonaria, por possuir também trabalhos de cunho filantrópicos ao longo de sua existência, se sente bastante gratificada em receber o representante da Apae em um seus templos. “A APEA é uma instituição de renome em nosso Estado e a gente fica muito satisfeito com tudo o que presenciamos nessa palestra”, afirma o Grão Mestre.

Para ele, a maçonaria poderá ajudar a instituição de várias formas. “Com toda a certeza que a maçonaria poderá dar sua parcela de contribuição a partir do momento em que sejam conclamados seus membros, obviamente aqueles que puderem ajudar, a se engajar nessa luta em prol das crianças especiais”, diz José Valter.

Ainda segundo o Grão Mestre, a maçonaria é uma instituição iniciática, filosófica, progressista e filantrópica e que, em seu seio, encontram-se pessoas com responsabilidades sociais e predispostas a ajudar a construir um mundo cada vez melhor.

Texto/Foto: Ir.: Carlos Mariz - M.:M.:
http://carlosmariz.blogspot.com/




terça-feira, 30 de setembro de 2008

Alguma coisa vai errado

(Este artigo, fruto da indignação dos homenes livres e de bons costumes da Loja Serigy nº 4, foi publicado no caderno de Opinião do Jornal da Cidade do dia 30/09/2009).
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* Carlos Mariz

Deixei para tecer comentários, sobre tudo o quanto foi veiculado nos programas eleitorais nos últimos dias, agora na reta final da campanha para prefeito e vereadores. Por isso, me sinto muito mais à vontade para manifestar minha indignação com o que fora apresentado ao povo aracajuano, por políticos que não pautam com o mínimo de seriedade nem decoro para com a população em geral como deveriam honestamente o fazer.

Foram mostradas, nesses quase 60 de dias de campanha eleitoral, propostas que jamais passarão de falácias, de engodos, de aberrações politiqueiras. Vimos candidato dizer que fará, assim que assumir, vários hospitais com grande número de leitos, hospital especializado em neurologia e cancerologia, instalação de vários postos de saúde com atendimento 24 horas, segurança pública auxiliar que é dever constitucional do Estado, que se dispõe a combater a comercialização do petróleo da camada do pré-sal, que vai construir várias e várias avenidas, que garante isentar a população da cobrança de tarifa de água e energia (esse é o pior de todos), que tornará, enfim, sua cidade um verdadeiro Jardim do Edem. Pois bem, não passam de meros sepulcros caiados, fósforos que não dão luz, agiotas eleitorais, cabotinos de plantão, usurpadores da verdade.

Por certo que as necessidades são imensas e os recursos são sempre escassos. Mas isso não dá o direito de virem a um programa eleitoral gratuito, como o próprio nome já diz, num momento tão importante para a democracia brasileira, zombar da cara dos eleitores com mentiras escabrosas, como se achassem que os telespectadores e ouvintes fossem alienados, ignorantes, burros mesmo.

Peca feio quem ainda subestima a capacidade do eleitor de distinguir quem faz política de quem faz politicagem. O eleitor de hoje não é mais aquele que abaixava a cabeça para os “coronéis” e votava de acordo com os mandos destes. Não, meus caros. O voto de hoje tem que ser conquistado um a um com propostas concretas e atitudes honestas.

Não se viu nessa campanha nenhum candidato se comprometer em valorizar o servidor, nem tão pouco afirmar que teriam mais dignidade e decência no trato com o bem público; nenhum se manifestou a favor de concursos públicos para as diversas áreas que se façam necessárias o seu devido preenchimento; nenhum disse como os cargos de direção e chefias seriam preenchidos, se com funcionários de carreira do próprio órgão a que estão vinculados.

Dizer que vão construir o impossível é uma falácia sem igual, é um acinte às pessoas de bom senso, um engodo à população tão carente, mas não burra, um verdadeiro estelionato eleitoral. Como poderão “contratar”, “licitar”, em tão curto período de tempo sem utilizar os critérios danosos do apadrinhamento político-eleitoreiro vigente? Que responsabilidade fiscal é essa que só aparece quando o servidor clama por melhoria salarial? Como o contribuinte poderá ser mais abrandado nos encargos que lhe são impostos? Propostas como essas não se fazem presentes nos programas de governo de quase nenhum candidato, por que será?

O ser humano, ao se indignar, mostra aos demais que alguma coisa está errada. E nesse simples pensar, também comungado por vários construtores sociais que se encontram de pé à ordem para tornar feliz a humanidade pelo amor e pelo aperfeiçoamento dos costumes, busco repudiar toda essa maledicência política que está impregnada no seio dessa sociedade castigada.

Enfim, eleitor, não queira ser mais uma vez enganado por aquele político mandrake, mau caráter, sacripanta, que se apresenta como “honesto” – até porque honestidade não é uma virtude e sim uma obrigação moral –, que não constrói masmorras ao vício político vigente. Procure trazer para a sociedade aquele candidato que fale com clareza, sem delírios oníricos, com compromisso real com o servidor público e com a sociedade de uma maneira geral nos seus programas e projetos; que tenhamos orgulho de dizer que estamos bem representados, e que esses representantes possam tornar a vida das pessoas mais justa e perfeita.

* Carlos Mariz Moura de Melo – Jornalista / Assessor de Imprensa da Emdagro / Apresentador do Programa Entre Amigos / Cp.: M.: da Aug.: e Resp.: Loj.: Maç.: Serigy nº 04.